@postandotrechos entrevista! - Autor Paulo Azevedo

terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Olá, leitores!

Nesse primeiro mês do ano aqui no blog, como alguns já sabem, teremos uma série de entrevistas com nossos parceiros. Vamos apresentar um pouquinho deles para vocês. Espero que gostem e se aproximem mais dos seus trabalhos.
O entrevistado de hoje é Paulo Azevedo. Fisioterapeuta, especialista em fisioterapia e pós-graduado em fisioterapia neurofuncional, mestre em Ciência da Motricidade Humana com formação em Filosofia à maneira clássica. Escritor? Não! Contador de histórias! O autor nasceu em Brasília, no Distrito Federal, em agosto de 1971. Reside no Rio de Janeiro há quase trinta anos, é casado e pai de uma menina. É autor do livro "No fio da vida".

Vamos começar a conhecê-lo melhor?

Olá, autor! Seja bem vindo à nossa série de entrevistas.A primeira pergunta é clássica: o que te inspirou a escrever o seu primeiro livro? Qual foi ele? E o que te fez querer seguir como escritor?
Primeiro agradecer atenção e o carinho com o livro, assim como o interesse pela entrevista. Queria escrever um livro que fosse uma celebração a vida. Livro que mexesse emocionalmente com os leitores, amor, medo, inveja, alegria, tristeza, solidão, morte, suicídio, vícios, dúvidas, uma ficção com nuances da vida real. No fio da vida é meu primeiro livro, não me considero escritor, acho arrogante essa auto titulação, sou um contador de histórias. Mesmo já com uma obra pronta e uma terceira no quarto capitulo vou aguardar o caminho e lembrando o poeta: não há caminho, faz o caminho ao caminhar.

“No fio da vida” é um livro que nos faz refletir. Está cheio de mensagens e personagens que podem facilmente se assemelhar aos leitores ou a pessoas que eles conheçam. Você se baseou em algo real para escrevê-lo? Algum experiência ou relato de algum conhecido?
Todos os personagens são coletâneas de pessoas que conheço ou histórias que me contaram. São ficcionais mas com a essência real, daí muitos leitores se identificarem em algum momento. Exemplo é a Claudia, quando descrevo uma mulher de olhos vivos e expressivos, essa é minha esposa, mas ao mesmo tempo, Claudia é uma mulher fadada a uma relação doentia, aí já é outra pessoa e outra história. Os personagens são todos assim. Acho que funcionou bem.
Como funcionou o seu processo de escrita do livro? Qual foi a sensação ao vê-lo finalizado?
Escrevi o livro em quatro meses, abril a agosto de 2014. Até hoje não acredito que tenha escrito uma história tão doce e gostosa de ser lida. Como diz os grandes escritores o livro se escreve sozinho. Umberto Eco diz que é só montar o tabuleiro e deixar as peças (personagens) movimentarem sozinhas. O livro fluiu. Terminei de escreve-lo dia nove de agosto, no final do capitulo vinte e cinco (penúltimo) chorei compulsivamente, no ultimo capitulo chorei o tempo todo, é um capitulo de meia página, não tinha mais o que escrever, olhei para o computador e disse: escrevi um livro!
 
Como disse na minha resenha, a leitura do seu livro me lembrou muito Augusto Cury e Paulo Coelho. Além deles, em quais autores você se inspirou? O que, na escrita deles, te marcou a ponto de te fazer querer escrever?
Sou um leitor compulsivo, leio em média três livros por mês, um doce vicio. Leio muito romance, filosofia e neurociências, fora artigos da minha profissão. Sou influenciado por muita gente. Paulo Coelho foi um cara que marcou muito quando li aos dezoitos anos de idade O Alquimista, achei genial. Augusto Cury li alguns romances e é uma leitura que flui e ao mesmo tempo reflexiva. Sou admirador de Saramago, Mario Vargas Llosa, Gabriel Garcia Marques, Ariano Suassuna, Dostoiévski, Mario Sergio Cortela, Nelson Rodrigues é muita gente. Minha paixão é Miguel de Cervantes, Dom Quixote, li depois que terminei o No fio da vida, fico pensando que se tivesse lido Dom Quixote antes jamais teria coragem de escrever algo ao público. Dom Quixote é o melhor livro romance de todos os tempos, assim o considero. A beleza e a poesia de Cervantes é única, magistral. Não tive coragem de ler o capítulo que Dom Quixote morreu!
 
Muitos dizem que o jovem brasileiro não gosta de ler. Você acha que esse perfil tem mudado? Por quê?
O jovem brasileiro lê, fiquei surpreso com a quantidade de blogs direcionado a leitura quando da divulgação do No fio da Vida. Claro que não se lê como na França ou no Chile, mas o jovem brasileiro é atento as novas tendências literárias, é um bom leitor. Falta incentivo e mais eventos literários dirigidos ao público jovem e a escritores jovens.
 
Além da carreira de escritor, você também é fisioterapeuta. Você tem alguma rotina organizada para conciliar as atividades?
Não tenho uma rotina propriamente dita para escrever. Gosto de escrever no final da tarde quando tenho tempo ou de manhã bem cedinho. As vezes sento em frente ao computador e sai algo interessante, outra vezes sai alguma porcaria. Escrevo muitas crônicas em redes sociais sobre o dia a dia.



Quando decidiu escrever o livro, teve apoio de alguém especial? Isso foi importante para que continuasse até finalizar a história?
Três pessoas foram essenciais: Denise Casado, minha esposa; Maria do Socorro Lia Azevedo, minha mãe; e meu irmão Paulo Henrique Azevedo, ele foi quem acompanhou capitulo a capitulo a obra, me fez acreditar que tinha escrito uma obra razoável.

A sua profissão, em algum momento, te auxiliou na escrita do seu livro? Se sim, quais aspectos da sua área foram mais importantes para escrever?
Minha profissão de Fisioterapeuta está diretamente ligada com o livro, os personagens. Sou fisioterapeuta há quinze anos, atendo muita gente, escuto muita história de todos os tipos e isso é meu laboratório. No fundo todo mundo quer viver bem, encontrar um caminho de luz e ser feliz, o livro é sobre isso. Na dor todo mundo é igual, precisa de acalanto. Viver bem a boa vida.
 
Há novos projetos em desenvolvimento?
Por enquanto quero ver o No fio da vida voando por asas próprias, e curtir cada momento feliz que o livro vem proporcionando. Alegria de sonhar em ser um contador de histórias.

Qual conselho daria para aqueles que estão iniciando na carreira como escritores?
Dar conselho é muito sério, e não sei se sou bom nisso. Mas se tiver que orientar em algo, é ler muito, ler muito, ler muito. Sentar e escrever, mostrar seus escritos a pessoas do meio, estar preparado para as críticas, não desistir e escrever, escrever e escrever. Lembrando sempre que tudo passa, tudo flui!





Resenha – Maluca por você

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Título: Maluca por você
Autor(a): Rachel Gibson
Número de páginas: 113
Editora: Jardim dos livros

Por: Brenda Sousa




























Lily Darlington mora numa pequena cidade chamada Lovett, onde é conhecida como “A maluca Lily Darlington”, devido aos seus ataques, cenas de ciúmes e atos escandalosos com o ex-marido, que estava dormindo com outra mulher. Faz alguns anos que ela se separou e cuida do seu filho sozinha, apenas com a ajuda de sua mãe, que mora na casa ao lado.

Lily é dona de um SPA numa cidade próxima, onde tem muito sucesso e uma fama muito menos conhecida como maluca. Certo dia, num dos seus costumeiros excessos de velocidade da entrada cidade, um policial a para e lhe dá uma advertência. É um policial novo na região, Tucker Matthews. Ele foi transferido do exército para a região, por vontade própria, depois de muito sofrer na guerra. 

Lily detesta policiais e suas histórias estão nas bocas e bloquinhos de multas de todos eles. Mas com Tucker foi diferente, afinal, ele estava se mudando para uma casa de frente para a sua e, surpreendentemente, havia conhecido o seu filho e se dado muito bem com ele. Será que a Malu Lily Darlington vai se meter em mais uma história de amor e sair fazendo cenas por aí?





















Eu não tinha nenhuma pretensão de que esse fosse um mega livro quando comecei a lê-lo, e não acho que seja. No começo eu estava achando a história bem chatinha, aquela coisa sem sal, mas aos poucos fui sendo ao menos conquistada. É um romance comum, com um casal formado por duas pessoas problemáticas, mas que encanta os que gostam de leituras deste gênero. Acho que tenho lido muitos livros com histórias diferentes das comuns e por isso voltar a ler livros deste tipo me deixou meio decepcionada. Ainda assim, para quem gosta de chick lit e procura um cliché, este livro é uma boa opção, além de ser uma leitura super rápida, leve, e tranquila, com uma diagramação confortável aos olhos. Ah, e eu preciso dizer que acho essa capa bem bonitinha! 




































Resenha – A invenção de Hugo Cabret

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Título: A invenção de Hugo Cabret
Autor(a): Brian Selznick
Número de páginas: 530
Editora:  Edições SM


Por: Brenda Sousa

“- Vai ver que com as pessoas é a mesma coisa. Se você perder sua motivação...é como se estivesse quebrado.”
A invenção de Hugo Cabret, Brian Selznick

Hugo Cabret é filho do relojoeiro de uma estação de trem. Seu pai mantém os relógios funcionando diariamente e, desde pequeno, o garoto aprende a mexer e consertar engrenagens de todos os tipos. O pai de Hugo encontrou um autômato, uma espécie de robô, que segura uma caneta, como se estivesse escrevendo algo. O robô está quebrado, mas a curiosidade de Hugo e de seu pai fazem com que eles queiram consertá-lo e, aos poucos, o pai do garoto vai fazendo desenhos, instalando peças e buscando as soluções para fazê-lo funcionar. Esse era o objetivo até o pai de Hugo morrer em um incêndio.

Hugo ficou com um tio, bêbado, que logo depois desapareceu e deixou o garoto solto no mundo. A partir de então ele passou a roubar comida para sobreviver e roubava algumas peças da loja de brinquedos perto da estação, a fim de tentar continuar o trabalho do pai no autômato. O velho, dono da loja de brinquedos, descobre que Hugo está roubando e, para o punir, o põe para trabalhar na sua loja consertando brinquedos. Ele descobre que Hugo tem um caderninho que era do pai e continha os desejos do robô. O velho lhe toma o caderno, extremamente chateado, porém sem explicar suas razões, e continua obrigando Hugo a trabalhar. 


Hugo e a afilhada do velho acabam ficando amigos, começam a frequentar o cinema escondidos (pois não tinha permissão nem dinheiro para isso) e a descobrir um mundo de sonhos. Nesse universo Hugo vai descobrir sua maior motivação para continuar a consertar o autômato mesmo sem os modelos do seu pai e trazer uma grande colaboração para a magia do cinema.

Quem assistiu ao filme na TV deve lembrar-se do quanto esta história é bonita.  Quem começa a assistir não imagina que terá o desfecho tão diferente do começo. Eu já conhecia o filme e ganhei este livro em um sorteio. O que me empolgou para lê-lo foram os desenhos incríveis do livro e o quanto eles são parecidos com o que a produção do filme adaptou para os cinemas. 

Não são ilustrações quaisquer, são desenhos mesmo, daqueles feitos a carvão, por exemplo, como podem ver nas fotos. Não é uma história de ação, comédia, nem romance. É uma história de uma criança encantada com a magia dos livros e dos filmes e com força de vontade suficiente para se tornar importante parte deste mundo. 



Para quem gosta de arte, acredito que esse seja um livro ainda mais gostoso de acompanhar, assim como o filme é de assistir. “A invenção de Hugo Cabret” ganhou 5 prêmios no Oscar no ano de 2012, sendo eles: efeitos visuais, fotografia, direção de arte, mixagem e edição de som. Tive a oportunidade de assistir no cinema e não gostei taaaaanto da história, mas todos esses prêmios ganhos foram merecidos. Fica a indicação!





Resenha – Red Hill

terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Título: Red Hill
Autor(a): Jamie McGuire
Número de páginas: 344
Editora: Record


Por: Brenda Sousa


“É incrível como a imaginação pode afetar fisicamente o corpo.” 
Red Hill, Jamie McGuire

O que você faria se, de uma hora para outra, milhares de pessoas começassem a morrer e horas depois estivessem vivos novamente, vagando pelas ruas da cidade, com fome e atrás de você? É exatamente o que temos aqui. Não há lugar seguro para ficar e é necessário estar sempre atento ao seu redor. No livro temos a história contada por diferentes personagens, por diferentes ângulos e de diferentes locais. Miranda estava a caminho de uma viagem com seu namorado, sua irmã e seu cunhado quando tudo começou. Scarlet estava saindo do trabalho no hospital, enquanto suas filhas estavam no fim de semana com pai, e se viu perdida no mundo com os maiores amores de sua vida longe dela. Nathan acaba de ser largado por sua mulher (que já não era muito normal antes do apocalipse, de qualquer forma) e fica sozinho com Zoe, sua filha pequena e indefesa, a quem tenta proteger a qualquer custo. Joey é um ex soldado que perdeu a mulher que amava sem que ela fosse devidamente sua e está fugindo de todo o caos. 

Scarlet trabalhava com um famoso médico, dono de um rancho chamado Red Hill que aparenta ser o lugar mais seguro para se proteger numa ocasião como esta, por estar sempre abastecido com armas de todos os tipos e mantimentos para meses. Ela entra numa corrida contra o tempo para encontrar suas filhas e levá-las ao rancho em segurança. Miranda e Ashley são filhas do mesmo médico e, do outro lado da cidade, estão tentando chegar ao mesmo rancho, enfrentando e passando por diversas situações complicadas. No meio do caminho elas encontram Joey na estrada e o resgatam para ir junto com eles. Nathan e Zoe acabam se encontrando com Miranda no meio da sua corrida por segurança para o mesmo rancho, e eles acabam seguindo o caminho juntos, unindo forças e tentando salvar uns aos outros.

Scarlet é a primeira a chegar ao rancho e passa boa parte de seu tempo olhando para o horizonte esperando que suas filhas a alcancem. Ela havia deixado um aviso na casa de Andrew, pai das garotas, para que se direcionassem para o Red Hill, e suas esperanças nunca morriam. Depois de muito sofrimento, desespero e luta, Miranda e Nathan, junto com os outros, chegam ao rancho. Aí começa uma convivência mais próxima entre todos, onde ainda vão enfrentar muitos problemas e vão precisar se unir com todas as forças. 

No meio de todo o caos, amores começam e acabam e histórias paralelas vão se desenrolando. Tudo isso dá a história um lado ainda mais real, porque, afinal, somos todos feitos de sentimentos, mesmo nos momentos de desespero, certo? 

Red Hill nos trás o cenário de um apocalipse zumbi, com tudo que temos direito. Personagens morrem, personagens chegam e nada se explica, assim como em todos os filmes, séries e livros de zumbi. Gostei do livro no geral, mas esperava um pouco mais de alguns pontos da história. Talvez tenha criado expectativa demais, porém, mesmo assim, é uma história diferente das que tenho costume de ler e gostei disso. Acho também que em alguns momentos a história se desenrola de forma muito lenta. Acredito que a autora poderia ter acelerado um pouco o ritmo. Enfim, mudei um pouco minha opinião sobre os livros de Jamie McGuire. Gostei mais da escrita dela neste livro do que em “Belo desastre”. Ainda gostaria de ler outros e espero ter a oportunidade para isso. Alguém aí já leu “Red Hill”? O que acharam? Deixem seus comentários! ;)

 
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