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Leituras de Agosto

domingo, 18 de setembro de 2016

Olá, leitores! 

O nosso post de hoje traz um resumão para vocês das leituras de Agosto por aqui! Não foram tantas, porque do meio para o final do semestre na faculdade as coisas dificultam, mas até que foram livros bem gostosos de ler, com histórias bem diferentes umas das outras. Vamos lá? 


1. Obrigada pelo chocolate - Laís Brancalhão
SINOPSE: Uma amizade que ultrapassou o tempo, a distância e suas circunstâncias. Uma história que mostra que família vai muito além de pai, mãe e filhos. Sentimentos que surgem ao acaso e podem resistir às mudanças. Sensações que tentamos a todo custo esquecer, mas que parecem fazer parte da nossa história mesmo que contra nossa vontade. Uma história sobre o amor em todas as suas formas. Luíza e Daniel... Você vai sentir que eles fazem parte da sua vida, são pessoas que você poderia conhecer. Daqueles livros que quando você não o está lendo, você se lembra da história e não sabe se te contaram um caso real ou se é a história.




2. Louco por elas - A. C. Meyer
SINOPSE: Voltar ao universo da série After Dark é sempre especial, ainda mais se for para ver como os garotos amadureceram e se tornaram excelentes pais! Delicie-se com os pequenos momentos, porém, especiais, que nossos personagens favoritos estão tendo em família e mate um pouquinho a saudade. E pode ler sem preocupação, pois não há nenhum spoiler de Encantada por você.




3. Arma de vingança - Danilo Barbosa
SINOPSE: O que você seria capaz de fazer por vingança? Suportaria uma vida cercada de mentiras, traições, dores, crime e morte? Ana sobreviveu. Pagou o seu preço com marcas que o tempo nunca será capaz de apagar. Deixou para trás toda a inocência de criança para dar lugar a uma mulher fria e calculista, disposta a ser a perfeita arma de execução contra aqueles que tentaram destruí-la. Para conseguir os seus objetivos, não terá limites: irá mentir, enganar, seduzir e trair... Sem remorsos ou pena daquele que um dia julgou amar. Prepare-se para ouvir a história de Ana. Caminhe na tênue linha entre a paixão e a obsessão e veja como até os príncipes encantados tem o seu lado sombrio. Afinal, esta não é uma história de amor.










Resenha: Marvel Guerra Civil

quinta-feira, 14 de abril de 2016
Título: Guerra Civil
Autor: Stuart Moore
Número de páginas: 398
Editora: Novo Século




SINOPSE: A épica história que provoca a separação do Universo Marvel! Homem de Ferro e Capitão América: dois membros essenciais para os Vingadores, a maior equipe de super-heróis do mundo. Quando uma trágica batalha deixa um buraco na cidade de Stamford, matando centenas de pessoas, o governo americano exige que todos os super-heróis revelem sua identidade e registrem seus poderes. Para Tony Stark o Homem de Ferro é um passo lamentável, porém necessário, o que o leva a apoiar a lei. Para o Capitão América, é uma intolerável agressão à liberdade cívica. Assim começa a Guerra Civil.




Por: Karine dos Reis

“[...] Capitão abaixou seu escudo, e baixou a cabeça. – Nós deveríamos… deveríamos lutar pelas pessoas. Mas não estamos mais fazendo isso. – Ele mostrou à sua volta. – Estamos apenas lutando. ”
Marvel Guerra Civil - Stuart Moore

Eu adoro a Marvel e os seus super-heróis e isso começou há 4 anos quando eu vi Os Vingadores no cinema. Eu parecia uma criança quando descobre algo novo e eu realmente estava descobrindo algo novo todo um universo de super-heróis incríveis e desde então eu não parei mais. Eu já tinha ouvido falar muito bem deda HQ sobre a Guerra Civil e quando eu fiquei sabendo que houve a adaptação para a forma literária eu fiquei ainda mais curiosa e decidi finalmente ler.

A história começa com o Novos Guerreiros, que são um grupo de super-heróis que estavam participando de um reality show, bem no estilo Big Brother, que mostrava o dia-a-dia deles no combate ao crime. Só que esse reality show estava perdendo muita audiência então para se autopromoverem eles decidem enfrentar vilões que tinham acabado de escapar de uma prisão estadual. Tudo parecia muito fácil até que eles decidiram enfrentar o Nitro que era muito mais forte do que todos eles juntos e possui o poder de se auto explodir e explodir tudo o que está a sua volta. E é isso o que ele faz. Só que nessa explosão ele acaba levando um quarteirão inteiro junto e matando quase 900 moradores de Stamford, Connecticut.

“Mas Tony tinha de admitir que, conforme o mundo ficava mais perigoso, seres com superpoderes se tornavam cada vez menos populares entre os civis. Sendo o Vingador mais famoso e tendo sua identidade conhecida pelo grande público, Tony sentia -se especialmente obrigado a garantir que ambos os lados fossem ouvidos. ”
Marvel Guerra Civil - Stuart Moore

Isso é o estopim e o governo decide criar a Lei de Registro de Super-Humanos onde o governo determina que os super-heróis devem se registrar e receber treinamento, ou se preferir, se aposentar, e em troca receberão um salário e os super-heróis que decidirem não se registrar deverão ser capturados e presos. Com isso, ocorre a divisão onde temos dois grandes pilares: Homem de Ferro, a.k.a Tony Stark que é a favor da lei do registro e Capitão América, a.k.a Steve Rogers que é contra a lei.

Eu consegui compreender os dois lados dessa história e assumo que o lado do Homem de Ferro me convenceu mais, afinal esses super-heróis precisam de controle. Imaginem como seria o mundo se todo mundo que tivesse um superpoder decidisse combater o crime. Tudo bem que os vilões que começam com a merda, mas ninguém pensa nos civis em toda essa história. É como se todos nós recebêssemos armas e pudéssemos combater o crime. Se a gente ferisse uma pessoa inocente deveríamos responder pelos nossos atos, certo? Então eu concordo que haja um treinamento e que essa pessoa caso haja um acidente deve responder pelos seus atos. Mas por outro lado não concordo com as atitudes que o Tony tomou, porque para mim tanto ele quanto o Steve fazem atitudes bem erradas, e por fim eles estavam lutando por eles mesmos e não pelos civis.


O Stuart Moore merece palmas por ter conseguido adaptar muito bem a HQ de maio sucesso do universo Marvel para uma forma literária. É leitura primorosa que te põe para pensar a todo instante se essa lei realmente é uma boa ideia ou não. E também eu devo destacar o Mark Millar e o Steven McNiven pela criação dessa história maravilhosa. 

Então se você está pensando em ver Capitão América: Guerra Civil, que vai estrear daqui a mais ou menos 1 mês, eu aconselho a leitura para a compreensão da história, apesar de que os irmãos Russos (que escreveram o filme) já falaram que não vamos ver muito da Guerra Civil dos livros no cinema. Mas é uma leitura que eu recomendo muito.












Resenha - Quando a selva sussura

domingo, 3 de abril de 2016
Título: Quando a selva sussura
Autor(a): Diversos
Número de páginas: 184
Editora: Lendari



SINOPSE: Muito antes do homem, há o mistério. Em meio à imensidão das florestas, existe algo que vai além dos rios, igapós e das barrancas de terras caídas. Uma chave que brilha em verde-esmeralda e que guarda a entrada da origem de tudo: da copa intransponível das árvores, que quase não permite que o solo úmido veja a luz do Sol, a todo ser vivente que caminha furtivamente pelos meandros dos segredos. Há quem adentre a selva sem pedir permissão e nunca mais retorne. Há quem desista de encará-la quando os ventos trazem o canto invisível do Uirapuru, os passos do Mapinguari ouvidos de muito longe ou mesmo as vozes sem face que sussurram sem dizer uma palavra. E há quem nada saiba sobre ela.


Por: Brenda Sousa

"Um mito não é uma mentira, nem uma mortificante verdade literal. É o nada que abrange tudo, nossa explicação de mundo." 
Quando a selva sussura (Conto Iauaretê) - Virgínia Allan

"Quando a selva sussurra" é um livro recheado de contos amazônicos escritos por diferentes autores. Quando a Editora Lendari ofereceu o exemplar para leitura, eu achei muito interessante, por dois motivos: é muito diferente do que tenho costume de ler e é um livro genuinamente brasileiro. Esses contos são todos baseados em lendas contadas na região e uma das coisas mais interessantes foi ver que várias lendas aparecem em contos diferentes e sob perspectivas diferentes. Me senti como parte de uma rodinha de familiares, com os mais velhos contando histórias e lendas do passado.


O livro contém 22 contos, dentre os quais alguns dos que mais gostei foram: Dízimo, Filhos de Boto, O mistério dos corpos rasgados e A casa 26. Vamos conhecer um pouco sobre cada um? Não dá para falar muita coisa, pois são histórias curtas, então, para não perder a emoção, darei as minhas impressões sobre cada um.

DÍZIMO
É um conto forte, que envolve pai e filhos. Senti um arrepio na espinha com o final e ficou no ar aquela atmosfera de suspense. Gostei da sensação de surpresa no final, apesar de ter ficado imaginando porque aquilo estava acontecendo.

FILHOS DE BOTO
Se eu falei que "Dízimo" foi um conto pesado, aqui temos um ainda mais forte. O que eu gostei na história foi a forma como a finalização foi feita como metáfora, a meu ver, mas é uma história que trata de um assunto forte e que vai muito além de lendas de qualquer localidade.

O MISTÉRIO DOS CORPOS RASGADOS
Adoro quando eu leio algo e penso: "esse personagem é muito suspeito" e estou certa. hahahah Foi o que aconteceu com este conto, com um personagem conhecido não somente de lendas amazônicas mas, acredito eu, do folclore nacional.


A CASA 26
Esse conto me deu arrepios por algum tempo depois que terminei. Já fiquei um pouco desesperada com coisas acontecendo sem ninguém na casa no meio da história e o final me deixou até meio receosa de ir dormir sozinha. hahaha (#dramática). É um conto muito interessante na atmosfera de terror e suspense.


Eu falei desses contos, mas existem outros bem mais leves e de gêneros diferentes, para todos os gostos. Gostei bastante da maioria das histórias e da dinâmica rápida na qual elas acontecem. Há uma enorme variedade de personagens, com características genuinamente brasileiras, o que deixa o livro ainda mais gostoso de conhecer. Fica a dica aos leitores de contos!


Ahh! O livro trás ainda ilustrações exclusivas relacionadas a cada um dos contos, como essas abaixo: 
 

O livro está em pré-venda! Adquira o seu AQUI.











Resenha - O despertar dos Titãs

quinta-feira, 31 de março de 2016
Título: O despertar dos Titãs - Série Entre Mundos (livro 2)
Autor(a): Thaylane R. Ramos
Número de páginas: 527

~ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER~

Por: Brenda Sousa

"- A lei sempre agirá em favor dos mais fortes."  
O despertar dos Titãs, Thaylane R. Ramos

Alma, Ellen, Rodrigo e Jason voltaram para suas vidas "normais" começando a faculdade na Espanha. O combinado tinha sido que as memórias de todos fossem apagadas depois de toda a confusão com o mundo do outro lado, mas Ellen acabou conseguindo com que isso não acontecesse, então, agora, temos 4 feiticeiros que sabem muito bem dos seus poderes, vivendo em meio a pessoas normais. 

Na faculdade, eles conhecem Ramón e Rose, dois novos personagens para a nossa série, porém, os quatro precisam continuar disfarçando e controlando suas aptidões em um mundo onde isso seria no mínimo psicótico. Ramón começa a se interessar por Ellen, e, depois de tudo que Lucke fez com ela, ela acaba começando a gostar deste novo rapaz, a fim de tentar esquecer a paixão avassaladora que a dominou anteriormente por outra pessoa. 

Tudo estaria ótimo se Circe, uma das vilãs da história, tivesse mesmo desistido de destruir os feiticeiros, mas não é bem assim que as coisas acontecem. Ela volta ao mundo real, encontra os quatro e as coisas começam a pegar fogo a partir daí! Circe envolve Ramón na história e, para salvá-lo, Ellen precisa passar para o lado negro da força e se afastar de todos os seus amigos, magoá-los da pior forma possível, e servir Circe para o resto de sua vida. Mas, saibam vocês, os amigos não vai deixar isso barato. 


O plano de Circe é acabar com os feiticeiros e se vingar dos deuses e para isso ela, juntamente com sua irmã Medeia, pretende acordar todos os Titãs, as criaturas mais poderosas já conhecidas. Deuses, feiticeiros e moradores do Tártaro precisam se unir, porque agora a situação está fugindo do controle, com vampiros, Titãs e vilões tentando destruir não só o mundo do outro lado como o mundo real, onde as pessoas não tem nada a ver com a história. Será que a força dos deuses e dos feiticeiros será suficiente para deter Titãs tão fortes? 

"-[...] aceitei tentar fazer você me esquecer, mas eu me esqueci de que eu nunca te esquecereia, nunca conseguiria tirar você da minha cabeça, eu sabia disso [...]."  
O despertar dos Titãs, Thaylane R. Ramos


Esse é o segundo livro da série "Entre mundos" da autora Thaylane R. Ramos. Percebi uma melhora INCRÍVEL na escrita da autora, que já era bem gostosa de acompanhar na primeira história. Só permaneceram alguns errinhos de palavras, mas nada que uma revisão mais aprofundada não resolva. Preciso dizer que fui conquistada ainda mais profundamente e me senti muito confortável com os personagens nesse segundo volume da série. 


Gostei muito da importância de cada um dos novos personagens. É sensacional como cada ponto da história se cruza e não perde o caminhar. A autora consegue seguir a linha de raciocínio corretamente até o fim da história e, apesar de alguns capítulos serem longos, é uma delícia de acompanhar. 

Não vou me estender demais, mas fica a indicação. Para quem gosta de fantasia, essa série é um prato cheio, com aventura, loucuras, amores, guerras e tudo que um bom livro pode ter para conquistar nossos corações. 

  












Resenha - E de Extermínio

domingo, 27 de março de 2016
Título: E de extermínio
Autor(a): Cirilo S. Lemos
Número de páginas: 248
Editora: Draco


SINOPSE: Jerônimo, o pai, matador profissional que conta com a ajuda de uma Santa. Deuteronômio, o primogênito, tem sede de aventuras e não se importa com manchas de sangue e óleo. Levítico, o caçula, cuja imaginação fantasiosa pode conter as sementes da ordem ou do caos. E Irmã Célia, a madrasta, que tenta manter todos unidos com suas mandingas em nome de Deus. Este é um Brasil alternativo onde o Império avançou até a primeira metade do século XX tropeçando nas próprias pernas. Quando a saúde do Imperador falha, surge a chance que os americanos precisavam para apoiar o movimento republicano. Mas os monarquistas não estão dispostos a ceder e contarão com a ajuda interesseira da União Soviética. Enquanto isso, decidido a ser um bom exemplo para os filhos, Jerônimo entende que a hora de se aposentar finalmente chegou. Mas quando seu último trabalho põe a família inteira em perigo, ele percebe que a única forma de garantir a paz é travando outra guerra. E outra. E outra. Em um ciclo que parece não ter fim.


Por: Brenda Sousa

"- Promessa não tem valor sem a intenção de cumprir." 
E de Extermínio, Cirilo S. Lemos

E de Extermínio é um livro que retrata momentos históricos, com uma pitada de novidades, tecnologia e surrealidades interessantes. Nesta história temos reflexões sobre o período da guerra, as ações americanas e alemãs no nosso território, sobre as muitas mortes e até mesmo a influência da religião nisso tudo. São guerras atrás de guerras, tudo pelo poder, passando por cima de quem vier pela frente. 

O nosso personagem principal, Jerônimo, é um matador profissional que nos seus tempos iniciais levava o filho mais velho, Nômio, para as suas atividades em campo. O garoto nunca teve medo e sempre curtiu a aventura, mas com o passar dos anos a situação do país foi piorando e, mesmo com a aposentadoria do pai, os riscos e o desespero não parariam por aí. Seu irmão mais novo, Levítico, é sequestrado e levado por pessoas que buscam controlar o país e mandar no povo inocente que acredita que pode ser salvo de um conflito mundial muito maior do que o Brasil. 

"- [...] Mas qualquer um com o coração falso o suficiente pode fingir humildade." 
E de Extermínio, Cirilo S. Lemos

Eu fiquei um pouco confusa com a história. Não sei ao certo se é porque não me liguei tanto nas referências aos acontecimentos históricos, apesar de ter notado algumas semelhanças, ou se foi mesmo a dinâmica de escrita do livro que me enrolou um pouco a cabeça. O livro é dividido em algumas partes e isso me deixou meio perdida, também. Comecei a entender melhor a história mais na parte três, e foi aí que me interessei mais. Não foi uma história que me prendeu verdadeiramente. Posso dizer que é um livro incrível para quem curte história e se empolga com temas assim, porém que, pela sinopse, fantasiei um pouco e esperava algo diferente. 

De qualquer forma, para quem curte esse gênero fica a indicação de um livro que fala dos primórdios do nosso país e dá uma pitada de novidade e desespero (a mais) em tudo isso! Para conhecer melhor é só clicar AQUI! O livro impresso está em pré-venda, envios previstos a partir de 14/04/2015. 











Resenha - Amy e Matthew

sábado, 19 de março de 2016
Título: Amy e Matthew
Autor(a): Cammie McGovern
Número de páginas: 336
Editora: Galera Record

Por: Brenda Sousa


"Aprendi que algumas [pessoas] que parecem bem são mais incapacitadas do que eu, por medos que não conseguem explicar. Outras pessoas são refreadas pela timidez ou pela raiva. Ao fazer amigos, vejo a maneira como algumas pessoas se colocam em desvantagem."  
Amy e Matthew, Cammie McGovern

Amy é uma garota de 17 anos, com paralisia cerebral, nenhum amigo e pais super protetores. Matthew é um garoto com problemas peculiares e estranhos, que estuda com Amy desde pequeno e a observa desde então, mas nunca chegou a se aproximar efetivamente. Estamos no último ano do Ensino Médio, o ano que deveria ser memorável para qualquer estudante, mas a perspectiva de Amy não era bem essa. A fim de mudar a situação, ela pede que sua mãe substitua os seus cuidadores por alunos da escola, que ela lhes pague para cuidar dela e serem seus amigos. Pode parecer meio cruel, mas na visão dela é melhor do que viver rodeada de professores e adultos sem interagir no mundo escolar. 

Amy solicita especialmente que Matthew se inscreva e que ele seja escolhido. A alguns anos atrás, ela escreveu uma redação e apresentou para a turma falando sobre como tinha uma vida maravilhosa e ele foi o único capaz de lhe dizer com sinceridade que aquilo era uma grande ilusão. Pela atitude, coragem e honestidade, Amy decidiu que queria ele como seu amigo, como alguém próximo nesse último ano. E assim começou a história deles.


Matthew tem TOC e agora precisa cuidar de uma garota com metade do corpo paralisado, que depende dele para muitas coisas. Ele precisará enfrentar desafios e Amy também. O fim do ensino médio está se aproximando e eles tem 1 ano para torná-lo um ano maravilhoso. Talvez os esforços de ambos não sejam suficientes e dois problemáticos juntos não possam fazer a vida um do outro mais divertida, mas talvez sim. E por que não tentar? 

"- Sim, vai ser complicado o caminho. [...] Mas não temos medo do caminho."  
Amy e Matthew, Cammie McGovern

Eu ganhei esse livro de aniversário (de uma amiga especial <3) no ano passado e só pude lê-lo agora. Eu não fazia ideia do que se tratava, mas já tinha me apaixonado pela capa, por ser tão singela e me passar a ideia de tranquilidade. Quando compreendi do que se tratava, fiquei ainda mais curiosa para ver o rumo desse enredo tão desafiador e cheio de novidades. Conheci Amy, aos poucos entendi seu problema, conheci Matthew e descobri o seu TOC bem no começo de tudo. Me interessei, quis me aproximar deles como se fossem pessoas reais! 

A história toda me trouxe tantos momentos de comoção! Pelo lado bom, pois traz uma amizade incrivelmente linda, cheia de pequenos momentos significativos, carinhosos e verdadeiros, e pelo lado ruim, pois são duas pessoas com sérios problemas e que enfrentam seus desafios. Eu devo dizer que aprendi MUITO com tantas situações na história... 


Amy e Matthew estão na minha lista de personagens preferidos, pertinho do Auggie (de Extraordinário). E o livro em si está na minha lista de favoritos. É um livro para devorar, para se apaixonar, para mergulhar nas páginas e só sair no final delas. Fiquei com um vazio no peito após acabar e com vontade de saber aonde essa história vai depois do fim que nos foi apresentado. Fica a indicação de uma leitura maravilhosa e cheia de aprendizados!












Resenha - A casa

domingo, 28 de fevereiro de 2016
Título: A casa
Autor(a): André Vianco
Número de páginas: 227
Editora: Novo Século


Por: Brenda Sousa

"- [...] Mas todo mundo merece uma segunda chance. A chance de fazer certo." 
A casa, André Vianco

Quatro pessoas, com histórias diferentes, porém cheias de angústias, decepções, tristeza e, especialmente, pessoas que se foram para nunca mais voltar. Leon, Rosana, Hélio e Ismael são pessoas que passaram por momentos difíceis e tiveram as piores reações possíveis, magoaram pessoas queridas, destruiram momentos que poderiam ter sido maravilhosos e levados por toda a vida e agora sofrem, juntos, ainda que não se conheçam. Alguns se entregam Às drogas, outros à bebida, outros traem, tentam se matar, mas a salvação para todos eles chega através de sonhos ou pessoas misteriosas que lhes entregam um cartão com o endereço de uma casa e a frase: "O alívio para o coração atormentado está aqui.". Será mesmo? Todos eles se questionam se deveriam mesmo buscar esse lugar, mas acabam juntos, recebendo instruções e novas chances que podem mudar toda a sua vida atual. Será que é tudo mesmo real? O que pode acontecer depois?  


Comecei a ler esse livro para cumprir uma meta de um dos desafios que estou participando: ler um livro sobrenatural. Não imaginava que "A casa" seria muito mais que isso. É um livro extremamente tocante, apesar de sua capa e sinopse não parecerem. Ele está recheado de recados que muitas vezes nós mesmos recebemos no dia a dia e não notamos. Ele está cheio de representações de pessoas com as quais podemos facilmente cruzar na nossa rotina e nem percebermos. Fiquei ansiosa durante toda a história para compreender do que se tratava a tão misteriosa casa, e gostei do resultado. Não é um livro que lhe traga mil explicações sobre o que realmente aconteceu, mas é uma história para focar muito mais na mensagem do que na sua estrutura começo-meio-fim em si. 

Confesso que no final fiquei com alguns arrepios, mas ainda assim acho que esse foi um livro mais poético e significativo do que sobrenatural. Gostei da curiosidade lançada pela capa e pela sinopse e pela forma como tudo foi guiado na história. Como diz o verso do livro "'A casa' é uma viagem ao fundo do coração humano'", e é uma viagem mais profunda do que se pode imaginar. Não digo que é um dos meus livros preferidos, nem dos melhores que li até agora, mas que, com certeza, é um livro bastante tocante. 

"-[...] O que estou querendo dizer é que a situação está difícil e às vezes, quando a gente se afasta, fica quieto num canto, a gente vê o que está acontecendo de errado." 
A casa, André Vianco











Resenha - O garoto dos olhos azuis

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Título: O garoto dos olhos azuis
Autor(a): Raíza Varella
Número de páginas: 352
Editora: Pandorga


Por: Brenda Sousa

"Todo mundo teve um grande primeiro amor. A única diferença é que a maioria das pessoas consegue superá-lo." 
O garoto dos olhos azuis, Raíza Varella

Bárbara e seus dois irmãos, Augusto e Gustavo, costumavam passar férias na cidade de Garopaba quando eram adolescentes. Ela era a mais nova dos três e as garotas costumavam se aproximar dela para alcançá-los, já que sempre foram muito bonitos e conquistadores. Em uma dessas férias, os três foram a uma festa na praia e Camila, fingindo se interessar pela amizade de Bárbara, a chamou para um lugar um pouco mais afastado. Lá, ela e o grupinho dela falaram diversas coisas maldosas para Bárbara, a empurraram no rio e a humilharam, sem aparentes razões. Bárbara apenas sofre e não consegue reagir, até o momento que um garoto a levanta, briga com as meninas e a leva para longe dali. O garoto de olhos azuis, que ela nunca soube o nome e nunca mais viu depois daquele dia. O garoto que a beijou, lhe deu uma rosa branca e desde então a faz sonhar diariamente.

Atualmente, Bárbara está noiva de Miguel e mora com Luiza e Manoela, suas duas melhores amigas desde a faculdade. Elas trabalham juntas na área de Direito. Como sempre sonhou em casar e ter o seu momento perfeito, isso está prestes a acontecer e tem tudo para ser maravilhoso. Pelo menos é o que ela pensa. Não é bem assim que as coisas acontecem. No dia do seu casamento com Miguel ela percebe todos os amigos e familiares agindo estranho com ela sem lhe dizer o motivo. Ela logo descobre ao entrar na igreja, vestida de noiva, e ver seu futuro marido com o olhar desviado para Manoela (que, diga-se de passagem era madrinha) enquanto esta chorava. Ela não entendeu logo de cara, mas Miguel fez o favor de esclarecer que não se casaria com ela e ficaria com Manoela. Na frente de todo mundo o sonho de Bárbara foi destruido e ela foi machucada como nunca antes. 


Por várias semanas ela sofreu, brigou com as amigas e colocou-as para fora do seu apartamento, se mudou para a casa dos pais e no fim das contas acabou indo morar com os irmãos e os dois colegas deles, Ian e Bernardo. Ela imaginava que seria um chiqueiro, afinal o que se pode esperar de quatro homens morando juntos? Muito pelo contrário. Quando ela chega, encontra a casa bem arrumada, limpa e sem tralhas pelo caminho, além de um quarto especialmente arrumado para ela. A casa estava vazia, e ela nem conhecia os outros dois rapazes ainda, mas já tinha sido surpreendida. O que Bárbara não sabia é que, no momento que teve mais convicção de que seu sonho não se realizaria, as coisas começaram a mudar. Morar com 4 rapazes lhe traria os melhores momentos de sua vida e uma nova melhor amiga mais incrível do que qualquer outra.

"Não pensem que sou incapaz de perdoar, não é isso. Eu sei perdoar sim, mas isso não quer dizer que eu queira ver ou conviver com quem me machuca." 
O garoto dos olhos azuis, Raíza Varella

Eu já tinha uma vontade devoradora de ler esse livro. O comprei a algum tempo diretamente com a autora (a quem eu agradeço por toda a paciência e todo o carinho diante de alguns problemas com os correios), mas só consegui ler agora. Me apaixonei pela história e pela forma singela, leve e gostosa como ela é contada. Li sem nenhum peso, sem nenhum cansaço, e gostei muito do todo o enredo e personagens. Falamos aqui de um romance, com bastante clichés, mas ainda assim eu não senti que foi tao comum como outros livros do gênero. Não sei dizer ao certo, mas acredito que mesmo com todos os clichés a autora conseguiu nos mostrar que um romance pode não ser perfeito e ainda assim soar incrivelmente correto. 

Gostei muito da leitura e marquei INÚMEROS trechos (que estarão no nosso instagram em várias postagens futuras). Foi um dos meus preferidos de 2016 até então. Foi leve, bonito, me emocionou e me deixou com raiva em vários momentos, e nos trouxe personagens que podem sim, ser reais (ao menos eu espero um Garoto de Olhos Azuis como esse hahaha), personagens com seus sofrimentos e traumas e com suas superações. Para quem gosta do gênero e de leituras leves e bonitas, fica a indicação! 












Resenha – A invenção de Hugo Cabret

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
Título: A invenção de Hugo Cabret
Autor(a): Brian Selznick
Número de páginas: 530
Editora:  Edições SM


Por: Brenda Sousa

“- Vai ver que com as pessoas é a mesma coisa. Se você perder sua motivação...é como se estivesse quebrado.”
A invenção de Hugo Cabret, Brian Selznick

Hugo Cabret é filho do relojoeiro de uma estação de trem. Seu pai mantém os relógios funcionando diariamente e, desde pequeno, o garoto aprende a mexer e consertar engrenagens de todos os tipos. O pai de Hugo encontrou um autômato, uma espécie de robô, que segura uma caneta, como se estivesse escrevendo algo. O robô está quebrado, mas a curiosidade de Hugo e de seu pai fazem com que eles queiram consertá-lo e, aos poucos, o pai do garoto vai fazendo desenhos, instalando peças e buscando as soluções para fazê-lo funcionar. Esse era o objetivo até o pai de Hugo morrer em um incêndio.

Hugo ficou com um tio, bêbado, que logo depois desapareceu e deixou o garoto solto no mundo. A partir de então ele passou a roubar comida para sobreviver e roubava algumas peças da loja de brinquedos perto da estação, a fim de tentar continuar o trabalho do pai no autômato. O velho, dono da loja de brinquedos, descobre que Hugo está roubando e, para o punir, o põe para trabalhar na sua loja consertando brinquedos. Ele descobre que Hugo tem um caderninho que era do pai e continha os desejos do robô. O velho lhe toma o caderno, extremamente chateado, porém sem explicar suas razões, e continua obrigando Hugo a trabalhar. 


Hugo e a afilhada do velho acabam ficando amigos, começam a frequentar o cinema escondidos (pois não tinha permissão nem dinheiro para isso) e a descobrir um mundo de sonhos. Nesse universo Hugo vai descobrir sua maior motivação para continuar a consertar o autômato mesmo sem os modelos do seu pai e trazer uma grande colaboração para a magia do cinema.

Quem assistiu ao filme na TV deve lembrar-se do quanto esta história é bonita.  Quem começa a assistir não imagina que terá o desfecho tão diferente do começo. Eu já conhecia o filme e ganhei este livro em um sorteio. O que me empolgou para lê-lo foram os desenhos incríveis do livro e o quanto eles são parecidos com o que a produção do filme adaptou para os cinemas. 

Não são ilustrações quaisquer, são desenhos mesmo, daqueles feitos a carvão, por exemplo, como podem ver nas fotos. Não é uma história de ação, comédia, nem romance. É uma história de uma criança encantada com a magia dos livros e dos filmes e com força de vontade suficiente para se tornar importante parte deste mundo. 



Para quem gosta de arte, acredito que esse seja um livro ainda mais gostoso de acompanhar, assim como o filme é de assistir. “A invenção de Hugo Cabret” ganhou 5 prêmios no Oscar no ano de 2012, sendo eles: efeitos visuais, fotografia, direção de arte, mixagem e edição de som. Tive a oportunidade de assistir no cinema e não gostei taaaaanto da história, mas todos esses prêmios ganhos foram merecidos. Fica a indicação!





Resenha – Red Hill

terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Título: Red Hill
Autor(a): Jamie McGuire
Número de páginas: 344
Editora: Record


Por: Brenda Sousa


“É incrível como a imaginação pode afetar fisicamente o corpo.” 
Red Hill, Jamie McGuire

O que você faria se, de uma hora para outra, milhares de pessoas começassem a morrer e horas depois estivessem vivos novamente, vagando pelas ruas da cidade, com fome e atrás de você? É exatamente o que temos aqui. Não há lugar seguro para ficar e é necessário estar sempre atento ao seu redor. No livro temos a história contada por diferentes personagens, por diferentes ângulos e de diferentes locais. Miranda estava a caminho de uma viagem com seu namorado, sua irmã e seu cunhado quando tudo começou. Scarlet estava saindo do trabalho no hospital, enquanto suas filhas estavam no fim de semana com pai, e se viu perdida no mundo com os maiores amores de sua vida longe dela. Nathan acaba de ser largado por sua mulher (que já não era muito normal antes do apocalipse, de qualquer forma) e fica sozinho com Zoe, sua filha pequena e indefesa, a quem tenta proteger a qualquer custo. Joey é um ex soldado que perdeu a mulher que amava sem que ela fosse devidamente sua e está fugindo de todo o caos. 

Scarlet trabalhava com um famoso médico, dono de um rancho chamado Red Hill que aparenta ser o lugar mais seguro para se proteger numa ocasião como esta, por estar sempre abastecido com armas de todos os tipos e mantimentos para meses. Ela entra numa corrida contra o tempo para encontrar suas filhas e levá-las ao rancho em segurança. Miranda e Ashley são filhas do mesmo médico e, do outro lado da cidade, estão tentando chegar ao mesmo rancho, enfrentando e passando por diversas situações complicadas. No meio do caminho elas encontram Joey na estrada e o resgatam para ir junto com eles. Nathan e Zoe acabam se encontrando com Miranda no meio da sua corrida por segurança para o mesmo rancho, e eles acabam seguindo o caminho juntos, unindo forças e tentando salvar uns aos outros.

Scarlet é a primeira a chegar ao rancho e passa boa parte de seu tempo olhando para o horizonte esperando que suas filhas a alcancem. Ela havia deixado um aviso na casa de Andrew, pai das garotas, para que se direcionassem para o Red Hill, e suas esperanças nunca morriam. Depois de muito sofrimento, desespero e luta, Miranda e Nathan, junto com os outros, chegam ao rancho. Aí começa uma convivência mais próxima entre todos, onde ainda vão enfrentar muitos problemas e vão precisar se unir com todas as forças. 

No meio de todo o caos, amores começam e acabam e histórias paralelas vão se desenrolando. Tudo isso dá a história um lado ainda mais real, porque, afinal, somos todos feitos de sentimentos, mesmo nos momentos de desespero, certo? 

Red Hill nos trás o cenário de um apocalipse zumbi, com tudo que temos direito. Personagens morrem, personagens chegam e nada se explica, assim como em todos os filmes, séries e livros de zumbi. Gostei do livro no geral, mas esperava um pouco mais de alguns pontos da história. Talvez tenha criado expectativa demais, porém, mesmo assim, é uma história diferente das que tenho costume de ler e gostei disso. Acho também que em alguns momentos a história se desenrola de forma muito lenta. Acredito que a autora poderia ter acelerado um pouco o ritmo. Enfim, mudei um pouco minha opinião sobre os livros de Jamie McGuire. Gostei mais da escrita dela neste livro do que em “Belo desastre”. Ainda gostaria de ler outros e espero ter a oportunidade para isso. Alguém aí já leu “Red Hill”? O que acharam? Deixem seus comentários! ;)






Resenha – Rainha dos corações congelados

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Título: Rainha dos corações congelados
Autor(a): Rebeca S. Melo
Número de páginas: 207
Editora: Bookstart


Por: Brenda Sousa

“- Juntos? – Pergunto, estendendo-lhe a minha mão.
- Para o que der e vier. – Ele responde sorrindo, segurando-a.”
Rainha dos corações congelados, Rebeca Melo

Melinda e Adrian eram grandes amigos de infância. Ele sempre foi a paixão secreta da vida dela, apesar de nunca ter sido informado disso. Os anos se passaram e eles foram aos poucos se afastando, até alcançarem completos 2 anos sem se ver. O reencontro é marcado em um ótimo restaurante e Melinda se enche de esperança. A triste notícia é que o jantar foi marcado para que Adrian pudesse apresentá-la sua noiva. E assim Melinda termina a noite conhecendo a mulher que vai se casar com o homem que ela sempre amou.

O seu refúgio é a biblioteca de Nova Iorque. Em um corredorzinho pacato, ela se senta e sofre a sua dor recém surgida. Com os olhos embaçados pelas lágrimas, ela encontra um livro desajeitado na prateleira e resolve investigar do que se trata. “A terra dos sem coração”, é o título do livro. São histórias de pessoas que já sofreram muito na vida. No final, há uma fechadura e uma mensagem clara de que ela deveria pensar bem antes de olhar através dela. Mas, ah! Os livros fazem isso com a gente. Instigam a nossa curiosidade e nos fazem agir por mais que nos alertem que não devemos. Seria apenas um livro qualquer, se ao olhar para a fechadura Melinda não fosse transportada para um mundo totalmente desconhecido. Gelado, de diversas formas. 

Olha mais um livro de Rebeca Melo aí gente! Eu li a amostra desta história ainda no Wattpad quando o livro ainda estava em campanha pela bookstart. Os 7 primeiros capítulos que li já me deixaram apaixonada e ter a oportunidade de finalizar a história com o exemplar físico recebido autografado com tanto carinho pela Rebeca me deixou muito, MUITO feliz!

Eu adoro autores diretos. A Rebeca tem uma criatividade tão grande que consegue ser direta nos acontecimentos e fazer a história passar deliciosamente rápido! É um livro que pode ser lido em menos de 24 horas. Em muitos momentos eu, claustrofóbica e desesperada que sou, senti falta de ar com o desespero de me imaginar no lugar dos personagens. Cada um desses personagens tem características peculiares e mistérios que inundam a nossa cabeça de hipóteses e todos com seu jeitinho cativante, característico dos personagens da autora. 






Na minha resenha de “As lendas de Saas” (AQUI), da mesma autora, eu falei o quanto a personagem principal daquela história era forte e inspiradora. Melinda não fica nem um pouco atrás. A garra, determinação, coragem e, ao mesmo tempo, capacidade de compreender suas fraquezas e lutar contra elas é inspiradora. O final da história me deixou com os olhos lacrimejando e os braços arrepiados. Resta agora aquela mentalização: “Que venha o próximo volume LOGO!”.

“- Covardia não é você sentir medo, ou coragem a ausência dele! [...] Coragem é quando, mesmo com medo, você continua, você enfrenta. [...]”
Rainha dos corações congelados, Rebeca Melo










Resenha – Miguel & Manuela

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Título: Miguel & Manuela
Autor(a): Tony Lucas
Número de páginas: 52


SINOPSE: Miguel e Manuela são diferentes e aparentemente não tinham nada em comum. Mas quando Miguel vê um comentário deixado por Manuela em um videoclipe da banda MS MR, os dois percebem que não só têm gostos parecidos como também têm problemas iguais. Mensagens serão trocadas, telefonemas serão dados e uma forte ligação surgirá entre esses dois.


Por: Brenda Sousa

"Não consigo prestar a atenção no filme. A minha concentração está frequentemente sendo desviada e dando enfoque a um pensamento que tive mais cedo e deixei de lado: “aconteceu alguma coisa de muito grave com Miguel”." 
Miguel e Manuela - Tony Lucas

Miguel e Manuela deveriam ter se encontrado no dia, local e horário marcado. Ela estava presente, mas onde estaria ele? Por que tanto tempo de atraso, sem atender telefonemas nem responder mensagens? Quase perdendo as esperanças, Manuela decide assistir a um filme no cinema e dar mais um tempo. Mal sabia ela que seu acompanhante estava sob um grande risco de vida e que, mesmo assim, ele faria de tudo para provar para ela que ele vale a pena. 

Este foi o primeiro conto do Tony Lucas que li. Pedi o exemplar para resenhar logo depois de ler um pouco sobre ele no blog do próprio autor (AQUI). É uma história não muito longa nem muito curta, mas na medida, daquelas que você imagina se realmente poderiam acontecer e terminar tudo bem. Gostei da escrita do autor, leve e ao mesmo tempo cativante. Uma coisa que me deixou muito curiosa foi saber porque o Miguel sumiu como sumiu (sem spoiler), de onde surgiu isso, por que ele, quem fez aquilo com o garoto? Acho que essa é uma história que renderia muitas e muitas outras páginas, para além de um conto. 

Visitem o blog do autor, conheçam mais sobre suas histórias e acompanhem seus escritos por lá! ;) O lançamento oficial do conto ocorrerá no dia 11 de Janeiro.








Resenha – Pseudônimo Mr. Queen

sábado, 2 de janeiro de 2016
Título: Pseudônimo Mr. Queen
Autor(a): Loraine Pivatto
Número de páginas: 404


Por: Brenda Sousa

“Não há sistema de governo que sobreviva à podridão de caráter de seus administradores. Enquanto as pessoas não pararem de visar interesses pessoais e passarem a olhar para o bem coletivo, que em última instância é a vida humana, nenhuma forma de governo será bem sucedida.”

Pseudônimo Mr. Queen, Loraine Pivatto

Todos vocês devem se lembrar perfeitamente da ameaça de “fim do mundo” que ouvimos em 2012, mais precisamente no dia 21 de Dezembro. Felizmente, no nosso mundo real isso não se cumpriu. Mas, no mundo de Regina, as coisas não foram bem assim. Era o dia do seu aniversário e ela acabara de descobrir que o marido traindo-a com sua amiga e colega de trabalho, Vanessa. Regina utilizou a arma escondida no seu escritório e matou os dois. Neste mesmo dia as coisas mudaram. O mundo no qual Regina passara toda a sua vida até então desapareceu, as pessoas conhecidas também, e as regras novas surgiram.

Estamos num novo mundo, onde se vive até os 70 anos e depois se ganha uma nova chance de vida dos 20 aos 100 anos. Todos que sobreviveram foram escolhidos por algum motivo. Há apenas uma forma de morrer e ninguém foi informado sobre qual é. Pouco se sabe sobre o que restou do mundo, mas logo todos aprendem que as regras não podem ser descumpridas, ou algo acontecerá com quem o fizer. A ideia principal é que todos tenham as mesmas oportunidades e os mesmos bens, controlados pelo governo. As pessoas são classificadas em pontuações segundo seu desenvolvimento em diversas áreas da vida, o que torna a sociedade cada vez mais competitiva e exibicionista. Muitos outros aspectos do novo mundo vão sendo explicados com o passar dos anos e seus moradores vão aprendendo a administrá-los.


Regina chega ao novo mundo e logo reencontra Duda, a filha de Vanessa. A garota está perdida, sem ninguém no mundo. Regina acaba acolhendo a garota e criando-a. A relação entre as duas nunca foi das melhores, afinal o temperamento da garota é muito semelhante ao de sua mãe. Ao completar idade suficiente para sair de casa, em uma das brigas, Regina coloca a garota para fora, encerrando a difícil convivência que tiveram até então. Só se encontraram novamente cerca de um ano depois, quando Maria Eduarda apareceu à sua porta, com a filha, Larissa, nos braços, lhe entregando a menina que não tinha a menor condição de criar. Regina recebeu, então, o seu maior presente, a quem criou como uma verdadeira neta e sempre teve um relacionamento delicioso.

Larissa cresceu e se envolveu numa relação amorosa com Paulinho. O garoto era ciumento e implicante, mas Larissa sempre dava um jeito em tudo. O maior alvo do ciúme era Júnior, amigo dos dois. Certo dia, Júnior tocou para Larissa uma música, com uma letra romântica, a qual acabou chamando de “Mr. Queen”. Paulinho teve ciúmes e se chateou com toda a situação. Para piorar, Júnior já tinha cometido um grande erro em se envolver com sua professora de inglês e acabar indo muito bem numa prova, melhorando suas pontuações, irritando Paulinho, que prometeu denunciar o rapaz. O problema é que depois desse dia Júnior desapareceu. Uma fuga para não ser denunciado? Talvez. Eles só descobririam isso anos mais tarde.


Larissa e Paulinho se tornam adultos e já não estão mais em um relacionamento. Regina chega aos seus 70 anos e precisa partir para a sua segunda vida, sem contato com eles. De repente, Paulinho, em sua empresa, começa a receber músicas de certa pessoa apelidada Mr. Queen. Obviamente, associa-as a Júnior e as publica a fim de atrair o rapaz para que finalmente possa denunciá-lo. O pseudônimo vira um grande sucesso e Júnior continua sem aparecer.

Larissa se casa com Vicente e tem uma filha, Victória. Vicente é um ator talentosíssimo, porém que nunca consegue ter sucesso. Sempre, de uma hora para outra, tudo era cancelado, a data era alterada e seus planos desmoronavam. Certa vez, quando adiaram um filme por 10 anos, Vicente decidiu pedir refúgio (ser afastado de tudo, sem envelhecer, “dormindo” dentro de uma espécie de gaveta gigante), para que voltasse apenas quando a produção para o seu filme recomeçasse. Deixou esposa e filha sozinhas. 

Victória cresceu sem seu pai, lidando com o funcionamento do mundo, das pontuações e da impossibilidade de morrer e formou sua personalidade. Se tornou amiga de Isabel, filha do grandioso empresário Ricardo Almeida, homem com quem logo começaria a trabalhar e se encantar, ainda jovem. O que ela não sabia é que estava entrando numa história muito mais entrelaçada com a sua do que poderia imaginar.

[...]

Gente! Vocês não tem noção do quanto foi difícil escrever essa resenha. A história do livro é enorme, com muitos detalhes interessantes. Eu fiz essa longa explicação da história, porque queria lhes apresentar as três personagens principais, já que o livro está dividido em três partes, com o nome de cada uma: Regina, Larissa e Victória.


O livro é repleto de novidades. A autora nos explica como cada regra funciona, como acontecem as duas vidas, a passagem de uma para outra e sempre está nos apresentando novos personagens coadjuvantes. Ao mesmo tempo que isso é legal de acompanhar, às vezes eu ficava confusa, mas nada que prejudicasse o andamento dos fatos. Os anos se passam muito rápido, às vezes dentro de um mesmo capítulo. A autora nos explica com que idade cada um está e o que está fazendo da vida, então essa confusão foi, de certa forma, bem compensada.

Não vou me estender muito mais, apesar de ter muita coisa que gostaria de compartilhar. No fim das contas, eu gostei muito da história. Foi tudo muito bem arquitetado e guiado até o final. O livro é grosso e a letra e a diagramação incomodaram um pouco meus olhos, mas fui aos poucos me acostumando.

Enfim, para quem gosta de fantasia, de viajar e conhecer um mundo alternativo, indico muito a leitura. Porém, para quem gosta de histórias muito diretas, esse não é bem o tipo de livro que pode conquistar, afinal os fatos vão sendo explicados lentamente, apesar de isso não fazer com que “Pseudônimo Mr. Queen” se torne um livro chato, muito pelo contrário, pois a cada novo elemento que conhecemos a curiosidade aumenta. 

 
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