Resenha - A sombra do vento

sábado, 6 de junho de 2015
Título: A sombra do vento.
Autor(a): Carlos Ruiz Zafón.
Número de páginas: 399
Editora: Suma de letras.


Por: Brenda Sousa

"Os livros são espelhos: neles só se vê o que possuímos dentro." 
A sombra do vento, Carlos Ruiz Zafón.

"A sombra do Vento" é um livro que fala sobre um livro. Interessante, não? Daniel, cuja mãe é falecida, vive apenas com seu pai e, em determinado período da sua vida, seu velho lhe leva a um lugar chamado "cemitério dos livros esquecidos", fazendo-o prometer manter segredo sobre o lugar. Trata-se de uma espécie de biblioteca secreta, para onde vão todos os livros que as pessoas já não mais lembram, se importam ou leem. Lá, seu pai pede que ele escolha um livro para adotar. Sim, adotar. Segundo o pai de Daniel, quando temos um livro conosco, não somos donos deles, mas sim o adotamos e somos responsável por cuidar dele da melhor maneira possível. Daniel dá uma volta no local e um livro lhe chama muita atenção: "A sombra do vento", de Julián Carax. Ele pergunta se o pai já ouvira falar no autor e ele comenta que não. Assim, Daniel decide levar este livro com ele.
O pai de Daniel é dono de uma livraria e Daniel o ajuda como pode no estabelecimento. Aos poucos, conforme lê o livro que adotou, Daniel se apaixona e fica fissurado na história. Passa a carregar o livro consigo para todo lugar que vai. Uma grande curiosidade lhe toma a alma: descobrir quem é Julián Carax, se há outros livros escritos por ele e onde eles podem ser encontrados. Seu pai lhe encaminha para um livreiro, Gustavo Barceló, quem acha que será capaz de explicar quem é Julián Carax.

No seu primeiro encontro com Barceló, ao perceber de qual livro e qual autor se tratava, o livreiro faz várias ofertas a Daniel para que lhe venda o livro, ao qual ele responde que jamais o fará. Barceló fica intrigado e marca um segundo encontro com Daniel para o dia seguinte, para que pudessem conversar melhor. Neste encontro, Barceló leva sua sobrinha, Clara. Pouco depois, Daniel descobre que todos os livros já publicados por Carax no mundo foram queimados e destruidos e o seu exemplar é o único restante. A presença de Clara não fora por acaso, afinal, segundo seu tio, ela era especialista em Julián Carax. Clara era cega, mas outras pessoas ao seu redor liam os livros de Carax para ela, os quais ela adorava. Ela apresenta um pouco de cada um para Daniel, o que faz aumentar ainda mais a curiosidade do garoto sobre o autor. Clara lhe conta também que, uma vez, uma pessoa comentou com ela algo sobre Carax. Um desconhecido, na rua, que recusou a dizer seu nome, porém permitiu que ela lhe tocasse o rosto. Segundo Clara, era um rosto com aspecto de queimado, com poucas feições restantes. Aos poucos, apesar da diferença de idade, Daniel acaba se apaixonando por Clara e passa a visitá-la e ler todos os dias para ela, até que certo dia lhe ocorre uma enorme decepção e ele se afasta de vez da garota. Após o afastamento, em um fim de tarde em que estava sozinho na rua, um rapaz aproxima-se dele pedindo que lhe entregue o livro. Daniel recusa e, ao olhar para o rapaz, percebe que é o mesmo rosto queimado, escondido sob um capuz, sobre o qual Clara havia comentado com ele. Neste momento ele se dá conta da importância do seu volume de "A sombra do vento" e resolver escondê-lo no cemitério dos livros esquecidos, em um lugar que só ele soubesse identificar.

Mesmo se afastando da garota e do livreiro, Daniel não desiste de mergulhar a fundo na história de Carax. Alguns anos se passam, muita coisa acontece e, certo dia, por acaso do destino, Daniel encontra, jogado na rua, um rapaz vítima das mãos do famoso inspetor Fumero, violento e sem pena de nenhum ser humano. Fumero não se importava em quem batia, mas sendo um homem de rua, era ainda mais um motivo para tanto. Daniel conversa um pouco com o rapaz, e resolve levá-lo para a sua casa, onde seu pai o recebe de braços abertos. Assim, surge uma grande amizade entre Daniel, seu pai e Fermín Romero de Torres. Este é o rapaz que, então, será o maior braço direito de Daniel durante toda a história na busca por Julián Carax.

O grande mistério do livro está em torno da tão complexa busca de Daniel por Carax. Uma curiosidade da infância leva anos presa em sua mente, até que ele começa a encontrar as primeiras pistas, as primeiras histórias de alguém que o conhecia, e a correr atrás profundamente. Muitos personagens vão surgindo, mentiras são contadas e descobertas, Fermín e Daniel correm grandes perigos de vida e pouco a pouco vão entendendo a roubada em que se meteram quando decidiram conhecer um pouco mais sobre o autor em questão.

A linguagem do livro não é tão simples, porém é muito interessante acompanhar a leitura atentamente e perceber os detalhes em cada ponto da história. Em diversos momentos do livro dei muitas risadas com as tiradas do inteligentíssimo Fermín Romero de Torres e ao mesmo tempo sofri de tanta preocupação pelas peripécias dele e de Daniel. Diversos outros personagens vão sendo envolvidos e cada um tem sua importância para o desfecho do grande mistério de quem é Julián Carax.

O livro é dividido em épocas conforme certos acontecimentos marcantes da história. Engoli as últimas 200 páginas de uma só vez, curiosa pelo final da grande confusão que esta busca deles se tornou. De fato, é muito difícil falar sobre "A sombra do vento", pois é uma história cheia de detalhes e todos eles são importantes, porém impossíveis de serem trazidos nesta resenha, sem contar spoilers. haha'

Por fim, Carlos Ruiz Zafón teve um raciocínio magnífico ao criar a história deste livro e soube preencher cada lacuna que vai se formando na história, não deixando nenhuma dúvida sobre o desfecho de cada personagem e porque eles se deram como se deram. Ele nos traz romance, suspense, problemas familiares, preconceitos, dentre muitas outras outras coisas, portanto temos de tudo um pouco em "A sombra do vento". Fica a indicação para quem gosta de suspense e tem um pouco mais de paciência para lidar com uma linguagem um pouquinho mais complicada, cheia de informações ao mesmo tempo.


"As pessoas complicam a vida, como se ela não fosse suficientemente complicada."
- A sombra do vento, Carlos Ruiz Zafón.






Resenha - Como eu era antes de vocês.

sexta-feira, 22 de maio de 2015
Título: Como eu era antes de você.
Autor(a): Jojo Moyes.  <3
Número de páginas: 318.
Editora: Intrínseca.


Por: Brenda Sousa


"Ser atirada dentro de uma vida totalmente diferente [...] obriga a repensar sua ideia a respeito de quem você é."
 Como eu era antes de você, Jojo Moyes.

   Louisa Clark é uma mulher de 26 anos de idade que ainda mora na casa dos pais, apesar de ter um namorado a 6 anos, e vive com sua família tempos difíceis financeiramente. Ela trabalhava num café perto de casa, até o momento em que o estabelecimento fechou e ela foi, automaticamente, demitida.

  O que ela faria agora, se precisava colaborar com a grana da família? Um salário a menos significaria ainda mais dificuldades, ainda mais com a ameaça de demissão do pai do seu emprego também. Louisa então vai à procura de um novo emprego no centro de trabalho. Vários trabalhos lhe são oferecidos e ela recusa inúmeros deles. A única entrevista que acaba aceitando fazer, ainda que contra a sua vontade, é para ser cuidadora de um tetraplégico, sem nenhuma experiência anterior com o assunto.

A primeira ideia que passa pela sua cabeça é "não quero ficar dando banho e limpando a bunda de um velho tetraplégico para o resto da vida", mas em breve ela acaba descobrindo que não é bem assim. Com sua péssima entrevista para o emprego, ela é surpreendentemente admitida e vai conhecer quem seria a pessoa a quem dedicaria boa parte de seu tempo a partir de então e descobre que terá de cuidar de Will Traynor. Will tem 35 anos de idade, sofreu um acidente a dois anos atrás o qual lhe gerou uma lesão grave e irrecuperável na medula. 

O primeiro contato entre eles é ríspido, sem nenhum contato além do necessário e sem nenhuma boa impressão. Louisa tenta se adaptar às rotinas, às inúmeras atividades e responsabilidades e, ao mesmo tempo, conquistar um pouco o coração de Will e demonstrar que está tentando fazer o seu melhor. Mas, conforme um trecho do livro: você só pode ajudar alguém que aceita ajuda. Pouco a pouco Louisa percebe que precisa mostrar a Will um mundo enorme, repleto de possibilidades no qual ele ainda pode viver plenamente. No meio disso tudo, uma descoberta vira o mundo dela de cabeça para baixo e a empenha ainda mais na sua missão.
[...]

Fazia algum tempo que eu queria ler esse livro. Já tinha lido "A última carta de amor", também da Jojo (resenha aqui) e me empolguei para ler os seus outros livros. Tem 500 000 livros para ler em casa e acabei pedindo esse emprestado a uma amiga (obrigada, Carol! haha) e ele correspondeu sim às minhas expectativas. Até o fim mantive as esperanças por um final diferente (sem spoilers!), mas gostei bastante da história como um todo. É uma história linda, que nos mostra um mundo para além dos nossos olhos de pessoas que tem suas funções corporais básicas funcionando normalmente e não sabem valorizar. Acho que sobre o dilema do livro, opiniões diferentes devem ter se manifestado, o que é totalmente compreensível e saldável, mas nos faz refletir sobre as diversidades possibilidades acerca do assunto, o que também vale muito a pena.

Por fim, indico apaixonadamente a leitura de "Como eu era antes de você". A Jojo tem uma escrita linda e comovente, te deixa ansioso(a) pelo final da história, mas ao mesmo tempo faz você se apegar aos personagens, aos seus problemas, suas vidas, faz você se identificar com diversas conversas presentes no livro, enfim. Achei o livro lindo! Para quem está desejando ler, fica a dica e, aos mais sensíveis, preparem os lencinhos! 


Ps. O livro será adaptado para os cinemas em breve. Aparentemente tem estreia programa para o mês de junho deste ano. Corram, leiam e vamos conferir se será uma adaptação fiel ao livro e, claro, chorar um pouquinho! haha'





Resenha - Fazendo meu filme 3

terça-feira, 12 de maio de 2015
Título: Fazendo meu filme 3.
Autor(a): Paula Pimenta.
Número de páginas: 418.
Editora: Gutenberg.


Por: Brenda Sousa

"Ao contrário de Hollywood, onde as películas são produzidas, revisadas, ensaiadas até que fiquem perfeitas, a nossa existência é feita de improviso. Aqui não tem script. As cenas não são filmadas. E, se erramos uma fala, não tem como dizer 'corta!' e gravar de novo.
Fazendo meu filme 3, Paula Pimenta.


Em "Fazendo meu filme 3", Fani está de volta ao Brasil. Agora ela tem alguns dilemas para resolver como acabar com todo o ciúme das suas amigas com relação a Ana Elisa, recuperar o tempo perdido com Leo e passar no vestibular e, claro, emagrecer os quilinhos a mais ganhos na Inglaterra. Ao retornar para o Brasil, bate em Fani aquela grande saudade da sua família inglesa e de todo o ano que passou lá e, ao mesmo tempo, uma tremenda felicidade por estar de volta em casa e perto de todos que ama.

Fani e Leo se reaproximam, começam a namorar e a paixão começa a aumentar a cada dia. Porém, na cabeça dela, ainda resta a dúvida se é amor ou não, algo que, conforme suas amigas insistem em afirmar, já está totalmente comprovado diante de todas as surpresas e presentes que ele faz para ela desde a sua chegada (sem detalhes, sem spoilers sobre as partes lindas do livro! *_*). 

Natália, Gabi e Priscila voltam à conviência com Fani e, como todas as boas amigas, a ouvir todas as suas preocupações e tranquilizá-la diariamente. Dentre as suas preocupações estão o vestibular (sua mãe quer que ela preste para direito e ela, obviamente, sonha em estudar cinema), o seu namoro com Leo, que se mostrou um rapaz bastante ciumento (em parte, com muita razão) e a visita de Christian ao Brasil. Sim, Christian agora é um astro Hollywoodiano e está de volta ao país trazendo consigo uma baita confusão para a vida de Fani! 

Muitas descobertas são feitas, não só de todos eles sobre suas próprias vidas, como também sobre acontecimentos nas vidas uns dos outros durante o ano em que Fani esteve fora. O terceiro livro de "Fazendo meu filme" traz, assim, muito mais emoções do que os dois primeiros, pelo menos foi como eu senti ao lê-lo. Traz notícias chocantes, tristes e felizes ao mesmo tempo, nos faz rir com situações absurdas, faz com que a gente se emocione com o romance de Fani e Leo e traz mensagens lindas sobre a amizade, tanto presencial quanto à distância. O livro é maior que os outros, porém em hipótese alguma mais difícil de ser lido, pois trata-se de uma história simples e suficientemente intrigante para nos prender até o fim. As coisas vão acontecendo como se uma série de furacões passasse pela vida de Fani e arrastasse todos ao seu redor junto com ela. 

Alternei a minha torcida por algumas coisas durante todo o livro. Senti raiva e amor ao mesmo tempo, quis ver o desfecho de mais uma parte da vida de Fani e, finalmente, fiquei muito contente com o final. Na verdade, não lhes digo que esperem um final como "filmes de amorzinho", como a própria Fani diz, afinal, estamos falando de "vida real". haha' Gostei muito de como foram apresentados os dilemas da vida de um adolescente e como eles podem ou não ser resolvidos. Achei também que este volume trouxe uma maior relação entre as famílias de todos, aproximou mais a vida dos personagens de nós. E Paula Pimenta continua sabendo mexer com muita maestria nos nossos corações, especialmente com o final deste livro.

"Fazendo meu filme 4" já está na minha lista de próximas leituras, pois, sem dúvidas, a curiosidade sobre o final definitivo desta história se manterá acesa em mim até que o livro 4 se apresente para mim na sua última página. Veremos, finalmente, o sucesso tão sonhado na vida de Fani? 

"Bem que dizem que devemos tomar cuidado com aquilo que desejamos." 
Fazendo meu filme 3, Paula Pimenta.





Resenha - Uma carta de amor

sábado, 2 de maio de 2015
Título: Uma carta de amor
Autor(a): Nicholas Sparks.
Número de páginas: 277.
Editora: Arqueiro.


Por: Brenda Sousa.


"Eu existo para amá-la, para tê-la em meus braços, para protegê-la. Existo para aprender com você e para receber o seu amor em troca. Estou aqui porque não há outro lugar para estar.
Uma carta de amor, Nicholas Sparks


Theresa Osborne é uma colunista  de um jornal em Boston, divorciada e mãe de um garoto de 12 anos, Kevin. Se separou do marido depois de descobrir que havia sido traída e, desde então, não consegue se entregar a nenhum relacionamento amoroso. Vive sua vida dedicada ao trabalho e ao filho, 24 horas por dia, sem um tempo para si, para aproveitar a própria companhia.

Sua coluna leva sempre o mesmo tema central, que é a criação de filhos. Varia na medida do possível, mas no geral passa todo o seu tempo procurando subtemas para escrever sobre o assunto. Diante da vida caótica, quando seu filho vai passar algumas semanas de férias com o pai, sua chefe e amiga, Deanna, insiste para que ela tire férias e se afaste um pouco da rotina. Ela resolve, então, passar um tempo em Cape Cod. 

Depois de instalada eu seu hotel, numa certa manhã decidiu sair para dar uma corrida matinal na praia. Passeando na beira do mar, encontra um objeto enterrado na areia e se abaixa para pegar. Era uma garrafa, tampada com uma rolha e com um papel enrolado dentro. Ela abre a garrafa e retira o papel para ler o que acaba descobrindo ser uma linda carta de amor. Ela se encanta com as lindas palavras e a leva para Boston. Com o objeto em mãos, decide que precisa conhecer o tal rapaz que aparentava estar tão apaixonado. 

Com a decisão de buscar mais informações sobre o rapaz, Theresa acaba explicando as coisas para Deanna, que insiste que ela publique um artigo sobre a carta encontrada. Theresa reluta, mas, no fim das contas, acaba publicando a carta alterando os nomes em questão. Em resposta à sua publicação, mais duas cartas apareceram e, então, ela pôde descobrir de onde elas provavelmente vinham. É assim que ela se dirige para Wilmington, na Carolina do Norte, e acaba encontrando Garret Blake, com quem vai viver uma intensa e conturbada história de amor.
[...]

Ler Nicholas Sparks sempre me deixa cheia de expectativas. Até mais da metade do livro acreditei que esse seria uma excessão e eu não sofreria com a história, mas a acharia linda e feliz. Mero engano. hahaha' Nicholas Sparks sabe utilizar as palavras suficientemente bem para mexer com nossos corações de um jeito que nós não podemos controlar. De fato, consegui segurar as lágrimas, pois me preparei bastante para um final diferente, porém, não deixei de sentir a dorzinha no peito que sempre sinto ao terminar um de seus livros. 

É um romance lindo, e para aqueles que gostam, vale a pena. Todavia, de forma alguma é um romance do tipo "conto de fadas", mas nos traz aspectos bastante reais e atuais, fatos que podem ser vividos por muitos casais no mundo e ter desfechos diferentes (espero que não semelhantes ao deste livro). Por essas e outras coisas, gostei de conhecer Theresa e Garret, de acompanhar um pouco de suas histórias e de ver os obstáculos que tiveram que superar para se entregar um ao outro. 

Nicholas Sparks continua sendo o romântico intenso e escritor habilidoso que demonstra ser em todos os seus livros e, sem dúvidas, continua conquistando muitos leitores com o livro "Uma carta de amor". Espero que as pessoas que o lheiam possam, também, escrever cartas de amor tão belas quanto as que são trazidas no livro. 

Aos que curtem romances, fica a indicação. E se preparem! Peguem seus pacotes de lencinhos e controlem as lágrimas e o coração, porque é de Nicholas Sparks que estamos falando, certo? hahaha'


Obs. Não sei se vocês sabem, mas Nicholas Sparks tem uma certa "mania" de colocar nomes de pessoas próximas em seus livros. Diretamente, neste livro duas personagens tiveram seus nomes escolhidos com base nisto. Foram elas: Catherine, em homenagem à sua esposa e Theresa, em homenagem a sua agente. Interessante, não? Em outros livros ele faz o mesmo com nomes de alguns de seus filhos (cinco ao todo).






 
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